Charuto: O primeiro "cachaça na mão" da história colorada.Max Peixoto Saudações coloradas!Semana sem futebol, salvo os jogos da seleção. Mas não é, e nunca será a mesma coisa que os jogos do colorado. Resumindo: Semana chata.Tenho inúmeros livros do Internacional. Livros que trazem algumas histórias inusitadas, histórias emocionantes e geralmente engraçadas. São contos dos bastidores do Internacional, contos que você não toma conhecimento através da imprensa. Uma história me chamou muito a atenção, aproveito para postar hoje, já que o futebol anda meio parado neste final de maio e início de junho. "Nos anos 1940 o Clube contava com um elenco formidável, que formou o inesquecível "Rolo Compressor". Na época, no antigo Estádio dos Eucaliptos, o time contava com um torcedor famoso, chamado Charuto (foto). Charuto era um negrinho que, conta-se, vivia de biscates no porto de Porto Alegre. No Inter era ilustre. Não pagava ingressos. Sentava na primeira fila, onde assistia as inesquecíveis vitórias invariavelmente bêbado, bradando tenazmente "Cororado! Cororado!" para quem ousasse chiar contra o Clube nas arquibancadas. Como estava na maioria das vezes bêbado, era proibido de entrar nos jogos em certos ocasiões. Mas como era malandro, entrava nas arquibancadas de costas, para fingir que estava saindo, ao invés de estar entrando no estádio. Ainda nos anos 1940, e por razões que jamais saberemos, Charuto levou uma facada nas cercanias do Mercado Público de Porto Alegre. Morreu assim, viveu como pôde, mas foi enterrado como príncipe, quando seu ataúde foi carregado pelos jogadores colorados devidamente fardados." Charuto, "assistindo" mais um jogo do Internacional.Bueno, essa história é uma das que mais gosto. Um história que mostra o espírito de clube do povo que o Inter era (pois hoje nos tornamos mais elitistas, do que do povo).Hoje em dia, quando a Popular cantar o estrofe "com a cachaça na mão" , lembre que lá nos primórdios deste Internacional, tinha um colorado que iniciou tudo isso.

Charuto: O primeiro "cachaça na mão" da história colorada.

Max Peixoto 

Saudações coloradas!

Semana sem futebol, salvo os jogos da seleção. Mas não é, e nunca será a mesma coisa que os jogos do colorado. Resumindo: Semana chata.

Tenho inúmeros livros do Internacional. Livros que trazem algumas histórias inusitadas, histórias emocionantes e geralmente engraçadas. São contos dos bastidores do Internacional, contos que você não toma conhecimento através da imprensa. Uma história me chamou muito a atenção, aproveito para postar hoje, já que o futebol anda meio parado neste final de maio e início de junho. 

"Nos anos 1940 o Clube contava com um elenco formidável, que formou o inesquecível "Rolo Compressor". Na época, no antigo Estádio dos Eucaliptos, o time contava com um torcedor famoso, chamado Charuto (foto). Charuto era um negrinho que, conta-se, vivia de biscates no porto de Porto Alegre. No Inter era ilustre. Não pagava ingressos. Sentava na primeira fila, onde assistia as inesquecíveis vitórias invariavelmente bêbado, bradando tenazmente "Cororado! Cororado!" para quem ousasse chiar contra o Clube nas arquibancadas. Como estava na maioria das vezes bêbado, era proibido de entrar nos jogos em certos ocasiões. Mas como era malandro, entrava nas arquibancadas de costas, para fingir que estava saindo, ao invés de estar entrando no estádio. Ainda nos anos 1940, e por razões que jamais saberemos, Charuto levou uma facada nas cercanias do Mercado Público de Porto Alegre. Morreu assim, viveu como pôde, mas foi enterrado como príncipe, quando seu ataúde foi carregado pelos jogadores colorados devidamente fardados."

Charuto, "assistindo" mais um jogo do Internacional.

Bueno, essa história é uma das que mais gosto. Um história que mostra o espírito de clube do povo que o Inter era (pois hoje nos tornamos mais elitistas, do que do povo).

Hoje em dia, quando a Popular cantar o estrofe "com a cachaça na mão" , lembre que lá nos primórdios deste Internacional, tinha um colorado que iniciou tudo isso.