(Re) Começo da caminhada.

Por Rodrigo Navarro.

Respeito quem pensa em sentido em contrário, mas considero um protesto que pede fora Luigi e volta Carvalho uma grande contradição. Luigi, Píffero, Carvalho, A EMINÊNCIA PARDA, são membros do mesmo grupo. Grupo este que conduziu o Inter aos títulos mais importantes (não maiores, porque considero o tri invicto de 79 o maior) e logo em seguida entregou o futebol para os empresários, entre eles, inclusive, o Martim, filho do Carvalho, que largou a bola para atuar nos "negócios da família".

Quem leu o livro do Carvalho deve ter notado que ele refere de forma entusiasmada a influência e o apoio do Koff, mas fala pouquíssimo de grandes dirigentes COLORADOS do passado,como Balvê, Marcelo Feijó, etc. O Inter de 2006 foi uma conjunção de fatores, que incluíam bom futebol, garra, determinação, UNIÃO, e, sobretudo, uma direção nova, com poucos vícios e humilde para reconhecer que muita coisa precisaria ser mudada. Isso se perdeu. A soberba tomou conta e estamos aí.

O Inter começou a mudar depois que passou uma vassourada geral nas cabeças velhas e viciadas que comandavam o clube há muito tempo. E está acontecendo exatamente o mesmo agora.

E digo mais, essa história de duas três candidaturas da situação rachada é conversa pra boi dormir. E manobra pra desarticular e fragmentar a oposição, se é que existe uma no Beira-Rio. Já estão falando num "chapão" encabeçado pelo Píffero.

Quando falo que tenho dúvidas sobre a existência de uma oposição, digo isso com todo o respeito ao Convergência, mas não considero que eles façam uma oposição de fato e, para mim, um fato significativo nesse sentido foi a cooptação da Diana, que até onde sei era uma das líderes do movimento, pela direção.

Por isso vejo um futuro muito complicado para o Inter. Ou aparece alguém pra chutar o balde de vez, ou vamos amargar meio de tabela durante muito tempo.