História colorada: Seu João e Dunga.Max Peixoto Saudações coloradas!Está fo** esses dias sem futebol. Marasmo total! O que ta me salvando são os livros da coleção "Histórias Coloradas". Como já havia postado semana passada, hoje posto mais uma história que me chamou a atenção. Essa história quem narra, é o eterno Capitão Dunga. Confira: Experiência e Intuição.Eu sempre fiz trabalhos sociais, ia às escolas, dava autógrafos e lembrancinha, arrecadava alimentos e os doava depois para instituições de caridade. Um dia, em 1999, fui ao um asilo para fazer entrega de doações. De repente, enquanto conversava com Seu João, um colorado morador do asilo, ele me fez um pedido: "Olha, tu não vai mais bater escanteio, nem bater falta. Tem que ir na área cabecear, porque tu é alto, cabeceia bem. Pode ter certeza de que tu vai fazer gol."Na hora aquilo não fez muito sentido, mas ouvi com respeito. Ele era um senhor idoso e estava me dando conselhos, então eu precisa prestar atenção. Porém, pensei que não era possível segui los, pois, com a minha altura e tendo feito poucos gols de cabeça na carreira, não seria naquele momento que mudaria o meu modo de jogar. Além disso, nem estava no time titular da época.No entanto, 20 dias depois, jogamos contra o palmeiras aqui no Beira rio, e eu estava escalado como titular. Seria decidida, ali a permanência ou não do Inter na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Estávamos há 3 dias sem dormir direito pensando na possibilidade de o Inter ser rebaixado. No fim da partida, o juiz assinalou uma falta ao nosso favor, próxima à área, e meio por intuição, fui para o meio dos zagueiros. Vi dois jogadores irem para dentro do gol junto com Marcos, goleiro do Palmeiras. Um deles saiu e o outro ficou; posicionei me e desviei, de cabeça, a falta batida pelo Celso, fazendo o gol da nossa vitória. O interessante que era eu quem costumava bater as faltas, e o Celso subia para a área adversária. Dessa vez foi o inverso.Logo em seguida ao jogo, lembrei tudo aquilo que o Seu João havia falado. É a voz da experiência, né? Muitas vezes, acabamos não acreditando nos idosos. E esse foi um conselho que salvou a todos nós. Depois, retornei ao asilo, agradeci e dei minha camisa para ele, que no alto dos seus noventa e poucos anos, ainda insistia que eu tinha que cabecear sempre. Foi um fato muito interessante, pois, às vezes, o que as pessoas nos falam acaba passando despercebido, nem nos damos conta. Acho que passei a ouvir os outros com mais confiança graças ao Seu João.Dunga, Capitão do Tetracampeonato mundial e jogador do Inter de 1983 a 1984 e de 1999 a 2000.Texto tirado do livro Histórias Coloradas - Os mais Interessantes relatos da alma colorada.Organizado por Aleco Mendo e Flávio Possani - Editora Nova Prova - 2004Gol de Dunga contra o Palmeiras. SEGUNDA DIVISÃO, JAMAIS! Dunga, no momento exato do gol salvador! Emoção total.Achei muito boa esta história. Me lembro perfeitamente desse jogo. Que apreensão! Graças a Deus, o Capitão nos salvou. Espero que tenham gostado!Dale, INTER!

História colorada: Seu João e Dunga.

Max Peixoto

Saudações coloradas!

Está fo** esses dias sem futebol. Marasmo total! O que ta me salvando são os livros da coleção "Histórias Coloradas". Como já havia postado semana passada, hoje posto mais uma história que me chamou a atenção. Essa história quem narra, é o eterno Capitão Dunga. Confira:

Experiência e Intuição.

Eu sempre fiz trabalhos sociais, ia às escolas, dava autógrafos e lembrancinha, arrecadava alimentos e os doava depois para instituições de caridade. Um dia, em 1999, fui ao um asilo para fazer entrega de doações. De repente, enquanto conversava com Seu João, um colorado morador do asilo, ele me fez um pedido: "Olha, tu não vai mais bater escanteio, nem bater falta. Tem que ir na área cabecear, porque tu é alto, cabeceia bem. Pode ter certeza de que tu vai fazer gol."

Na hora aquilo não fez muito sentido, mas ouvi com respeito. Ele era um senhor idoso e estava me dando conselhos, então eu precisa prestar atenção. Porém, pensei que não era possível segui los, pois, com a minha altura e tendo feito poucos gols de cabeça na carreira, não seria naquele momento que mudaria o meu modo de jogar. Além disso, nem estava no time titular da época.

No entanto, 20 dias depois, jogamos contra o palmeiras aqui no Beira rio, e eu estava escalado como titular. Seria decidida, ali a permanência ou não do Inter na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Estávamos há 3 dias sem dormir direito pensando na possibilidade de o Inter ser rebaixado. No fim da partida, o juiz assinalou uma falta ao nosso favor, próxima à área, e meio por intuição, fui para o meio dos zagueiros. Vi dois jogadores irem para dentro do gol junto com Marcos, goleiro do Palmeiras. Um deles saiu e o outro ficou; posicionei me e desviei, de cabeça, a falta batida pelo Celso, fazendo o gol da nossa vitória. O interessante que era eu quem costumava bater as faltas, e o Celso subia para a área adversária. Dessa vez foi o inverso.

Logo em seguida ao jogo, lembrei tudo aquilo que o Seu João havia falado. É a voz da experiência, né? Muitas vezes, acabamos não acreditando nos idosos. E esse foi um conselho que salvou a todos nós. Depois, retornei ao asilo, agradeci e dei minha camisa para ele, que no alto dos seus noventa e poucos anos, ainda insistia que eu tinha que cabecear sempre. Foi um fato muito interessante, pois, às vezes, o que as pessoas nos falam acaba passando despercebido, nem nos damos conta. Acho que passei a ouvir os outros com mais confiança graças ao Seu João.

Dunga, Capitão do Tetracampeonato mundial e jogador do Inter de 1983 a 1984 e de 1999 a 2000.

Texto tirado do livro Histórias Coloradas - Os mais Interessantes relatos da alma colorada.

Organizado por Aleco Mendo e Flávio Possani - Editora Nova Prova - 2004

Gol de Dunga contra o Palmeiras. SEGUNDA DIVISÃO, JAMAIS!

Dunga, no momento exato do gol salvador!

Emoção total.

Achei muito boa esta história. Me lembro perfeitamente desse jogo. Que apreensão! Graças a Deus, o Capitão nos salvou. Espero que tenham gostado!

Dale, INTER!