GRENAL 397: Foi só um aviso.

Quando saiu o aviso da BM, na terça, que seria torcida única no clássico do dia 04 de Agosto, resolvi não postar nada e nem emitir uma opinião, pois para mim estava muito claro. Era simplesmente um aviso que o poder público estava dando e que já havia dado anteriormente, porém esse ano veio com mais força nas vésperas do primeiro grenal da Arena OAS.

O deslocamento da torcida colorada, apesar da distância, entrada no estádio e segurança dentro do espaço visitante, com certeza não são problemas para a BM. Pois como postei dias atrás, se esses fossem esse os motivos de barrar a torcida adversária, estaria clara má vontadade da Brigada e sua imcompetência em administrar essas questões, já que dei o exemplo claro de como funciona o superclássico na Argentina em um post na semana passada.

Perante um novo patamar que o futebol da dupla está atingindo, com estádios modernos e os jogos sendo transformados em eventos, não haverá mais espaço para baderna. Deveria nunca ter havido esse espaço, mas tinha. Era briga na arquicabanda, JECRIM, assinatura de um termo circunstânciado e pagamento de cesta básicas mais adiante. Era o ciclo que acomodava os baderneiros nos estádios, e que praticamente fez a regra do "não dá nada" instaurar a violência nos estádios do começo dos anos 2000 pra cá com mais frequência.

Temos parentes, amigos, colegas de escola, colegas de trabalho e uma infinidade de pessoas ao nosso redor que torcem para o rival. Convivemos em respeito com todos de segunda à sábado. Não há razão para transformar o domingo de clássico em guerra.

O aviso foi dado. Uma coisa que parecia tão distante da nossa província, que se via apenas em Minas Gerais no Brasil, se aproximou do nosso clássico e cabe a nós, somente a nós manter a frustração de tomar um gol em casa e ver aquele pequeno espaço de arquibancada comemorar na nossa cara, e também de manter o prazer de ser um dos 90% de torcedores de sua cancha abafando o pequeno espaço de sofredores com um gol do seu time. Já quando você comemora um gol na casa do adversário, não há prazer que igual. Quem já comemorou, sabe do que eu estou falando.